quinta-feira, 25 de novembro de 2010

A montanha

Havia nevoeiro, não muito denso, mas era gélido. Cobria a montanha. Eu sentia o desconforto do frio, da humidade e do silêncio. Tinha medo. No topo havia um vulto vestido de negro. Não se movia. Aproximei-me, mas não lhe conseguia ver o rosto. De repente estendeu o braço e abriu a mão. Dei-lhe a minha e senti o seu calor. Sussurrou-me: Acorda e nunca mais sejas a mesma.

Dali

O vento desperta os meus sentidos. Estou no meio de uma floresta, silenciosamente, arrebatadora. Giro em torno de mim. Tento ver o céu, mas a densidade das árvores impede-me. Subo. Desço. Acelero o passo, corro desesperadamente. Encontro um lago de águas verde musgo, pegajosas. Escorrego. Salta-me um sapato, de dentro do sapato sai uma casca de ovo. Cai dentro do lago e fico paralisada ao vê-la afundar-se.

A partida

O navio parte. Ele corre sobre a praia, agarra a jangada coberta de musgo verde e rema com os braços. Pára. Esqueceu-se dela. Volta para atrás. Corre. Corre, lentamente. Consegue visualizá-la dentro da igreja a cair desamparada, sobre a pedra gélida, sem vida. Sente o seu último suspiro. Não chegou a despedir-se dela.

Fazes-me falta

acordo de noite, subitamente,
cuspo o coração pela boca,
o relógio para.
olho à minha volta,
não sei onde estás,
não tenho chão, não tenho tecto.
sufoco.

segunda-feira, 8 de março de 2010



19 a 22 maio . zaragoza

Os Encontros ALCULTUR são um espaço e um tempo para encontros (e desencontros) de diferentes pessoas, projectos e organizações da (e de) cultura, potenciador de reflexão e debate, de investigação, aprendizagens e conhecimento, de inovação e criatividade, de novas ideias e projectos, de partilha de experiências e boas práticas, e de implementação de novas redes de cooperação.
Este é mais um momento de partilha, obrigatório, para os gestores culturais.
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No ano passado a Direcção Geral das Artes oferecia as inscrições. Inscrevam-se!
[Oxalá, os chefes me deixem ir!]